sexta-feira, 24 de junho de 2011

Permita-me amar minha insanidade...


"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música." (Friedrich Nietzsche)

Aí, se você está surdo o suficiente para não ouvir a música que está aqui e ali, tocando o tempo todo, não me julgue louca por ouvi-la, cantá-la e dança-la. Mas se você me julgar assim, ao menos saberei que o que diz a música é verdade: A música é tocada para os loucos, afim de que os sábios sejam confundidos, e para os fracos, afim de que os fortes sejam enfraquecidos.


A profecia de Nietzsche se cumpre, porque já tinha sido profetizada antes.


"Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação." (I Cor., 1:21)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Só mais um na multidão...

Incrível como essa música me faz lembrar de quem eu sou... É engraçado, eu mudei tanto e essa música fala de mim e para mim desde 2001.
Guarde segredo que te quero
E conte só os seus pra mim
Faça de mim o seu brinquedo
Você é meu enredo, vem pra cá
Te quero, te espero
Não vai passar
O amor não falta estar
Você pensa em mim, eu penso em você
Eu tento dormir, você tenta esquecer
Longe do seu ninho, meu andar caminho
Deixo onde passo os meus pés no chão
Sou mais um na multidão
O mar de sol no leito do lar
Que nem um rio pode apagar
O amor é fogo e ferve queimando
Estou ferido agora e sigo te amando
Você pode acreditar
A mesma carta, o mesmo verbo
Em sonho só viver pra ti
Quem tem a chave do mistério
Não teme tanto o medo de amar
Me cego
Te enxergo
Não vai passar
O amor não tarda, está
Te quero, te espero
Não vai passar
O amor não falta estar
Você pensa em mim, eu penso em você
Eu tento dormir, você tenta esquecer
Longe do seu ninho, meu andar caminho
Deixo o óbvio faço os meus pés no chão
Sou mais um na multidão

Maybe six feet ain't so far down...

Vivi, sonhei, aí eu acordei, me olhei no espelho e perguntei: "meu Deus, quem é essa menina?" Tá, não que eu não me reconheça, apenas me assusto com algumas atitudes e pensamentos, que, na verdade, não são novos, mas que eu achava já terem sido superados.
Já passei por várias mudanças, mas todas elas tinham sido planejadas... Mudei porque quis, porque sabia que tinha que mudar e porque achava ser importante. Forcei uma mudança. Dessa vez, não. Foram mudanças que aconteceram lentamente e eu não sei se não percebi ou se fiz "vistas grossas".
Mas a questão não é ter mudado "sem perceber" e sim que eu não sei se foi bom ter mudado ou não... Essa é a minha crise atual. Estou à beira de um precipício e não sei se me jogo ou se volto correndo pra trás. O que fazer quando você se sente à beira de um precipício, morrendo de vontade de pular e saber o que tem ali mais além, mas não sabe se está usando para-quedas? 
Pular e arriscar se espatifar no chão lá em baixo? Não pular e continuar se sentindo vazio por dentro? Pular e esperar que algum anjo ou super-herói te agarre antes que você caia? Não pular e continuar apenas "contemplando" a paisagem tão linda que você está observando nesse momento, enquanto se aproxima mais do precipício? Pular e torcer pra estar usando um para-quedas? Esperar alguém te empurrar? Não pular no momento, comprar um para-quedas, colocá-lo e aí sim pular? É, sem dúvidas, isso é o mais sensato... Mas, na real, as coisas não são tão simples quanto "comprar um para-quedas"; segurança é muito mais do que isso. E, quer saber, olhando daqui parece haver tanta coisa melhor pra ser vista daqui de cima do que de lá de baixo... Por isso que amo escrever, organiza minhas idéias, mesmo eu escrevendo coisas assim tão sem nexo... Não é por falta de coerência, é só porque não consigo me abrir de verdade com nada que não sejam as músicas que eu curto e meu travesseiro.

Hold me now
I'm six feet from the edge and I'm thinking
Maybe six feet
Ain't so far down
I'm so far down


Sad eyes follow me
But I still believe there's something left for me
So please come stay with me
'Cause I still believe there's something left for you and me
(One last breath - Creed)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Maturidade

Hipocrisia dizer que aniversário significa maturidade; que o aprendizado é ligado somente aos erros cometidos; que errar é crescer. 
Se todos crescêssemos e aprendêssemos com o que fizemos de errado haveria muitos sábios por aí. 
O verdadeiro aprendizado é ligado à reflexão daquilo que se foi ou não vivido.
Aprendi que quem tem amor tem tudo; seja familiar, namorado, amigos. O amor é o que move a vida e nos faz querer sermos melhor.
Aprendi que ser tachado de bonzinho nem sempre é ruim.
Aprendi que ser CDF é ótimo. Eles são os que se dão melhor na vida.
Aprendi que ler é enriquecimento a nossa vida, de tal maneira que ninguém consegue tirar 
E que receber dinheiro por ser inteligente é a forma mais admirável de ficar rico.
Aprendi que traição e falta de lealdade são uma das maiores crueldades que se podem cometer ao coração de alguém.
Aprendi que a gente se sente muito mal quando nos julgam por certas atitudes; e quem dirá quando o fizemos a alguém.
E que olhar torto para alguém não nos faz melhor.
Aprendi que existem algumas coisas que não deveriam se guardar no coração, mas são grandes responsáveis pela nossa mutante ideologia.
Aprendi que correr atrás do que se quer é preciso sempre; ninguém o faz se não nós mesmos.
Aprendi que quem desrespeita idosos são pessoas frias.
E que os pais são as pessoas as quais a gente sonha ser igual.
Aprendi que sorrir e ser educado são a alegria do dia de alguém, sobretudo da própria realização pessoal.
Aprendi que somos eternos errantes. Estamos em incessante crescimento; e só não cresce quem tem a cabeça tão pequena a ponto de achar que o amadurecimento vem junto com os anos.


(Ana Paula Zandoná, tirado de pensador.uol.com.br)

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Lindo vídeo *-*

"Helena", amor e realidade

Sábado terminei de ler Helena (Machado de Assis). O resumo é que eu quase desisti de ler nas primeiras páginas, deixei o livro parado por mais de um mês; mas peguei gosto lá pela página 20 ou 30, e fiquei presa ao livro da metade para frente, tanto é que li 79 páginas sem nenhum intervalo. Mas odiei o final!! E odeio, detesto e abomino mais ainda o fato de que, apesar do tom byroniano do "morrer (literalmente) de amor" ser oposto ao realismo - tal como aprendemos nas aulas de literatura -, esse final se aproximou muito da realidade. Acontece que a vida tem dessas de não seguir convenções e vira e mexe assim como inspira autores como Machado de Assis para escrever suas histórias de amor, inspira também um certo sentimento - seja paixão, amor ou atração - em algumas pessoas e escreve essas próprias histórias da forma como lhe apraz, às vezes segue os poetas realistas e inventa um amor seco e pé no chão; às vezes segue os parnasianos e inventa um amor perfeitamente lindo, mas só na forma, enquanto o conteúdo muitas vezes se esvazia depois da segunda leitura; às vezes segue os surrealistas e inventa os amores platônicos; mas quase sempre, ela usa da mesma inspiração que dá aos poetas românticos e escreve um amor cheio de idealismos, dificuldades, tragédias, heroísmos, religiosidade, pureza e todos aqueles ornamentos do amor que com certeza você que está lendo também já sentiu ou ainda sente. Odeio mais ainda o fato de que o desfecho trágico do amor de Helena e Estácio e todas as circunstâncias, todo o sofrimento que envolveu a convivência desse casal não é algo limitado à literatura. E nem tampouco é incomum. Amores proibidos; amores que não deveriam existir; amores que morrem por causa da sociedade que os cercam ou que nascem por incentivo dela e depois custam a morrer; amores que parecem mais uma areia movediça; amores que não nasceram para dar certo; amores que não existem para a felicidade... Quem nunca teve algum desses? Tão parecidos com a ficção daqueles que vivem com a cabeça na lua e embebedados em seus amores... E tão reais e comuns, que podem ser encontrados em qualquer esquina... Entretanto, nem por isso são menos "amáveis".


Mas calma, o amor também não existe só para fazer sofrer... Sobre isso escrevo depois - hoje terminei de ler "A Viuvinha" :)

sábado, 29 de janeiro de 2011

Não desista dos seus sonhos!

Quando eu era criança, ouvia com atenção os contos de fadas que me contavam e vibrava de alegria no ponto alto da história, quando o belo príncipe em seu cavalo branco vencia todos os magos do mal e as bruxas para libertar sua amada princesa e fazê-la feliz para sempre.


Aí eu cresci, ouvi muita gente me dizer que contos de fadas são bobagens, que príncipe encantado não existe, que todos os homens são pilantras, que casamento perfeito é ilusão e que se a princesinha quiser ser salva dos magos do mal e das bruxas, ela tem que deixar de lado seu espartilho e seu vestido pomposo e lutar por suas próprias forças, sem ajuda de mais ninguém, ela tem que aprender a ser independente e esquecer essa história de príncipe e princesa num final feliz.


Por alguns momentos, pensei que isso fosse verdade, que contos de fadas fossem tolice... Mas hoje eu percebo que mais tolo é quem não acredita neles. Se eu vivo em um conto de fadas? Vivo sim. A princesa não é lá grande coisa; o castelo da princesa não é tão bonito, não tem torres, nem serviçais, nem pontes, nem nada disso; o príncipe não vem em um cavalo branco (nem de outra cor) e nem é perfeito; os magos do mal não querem a princesa para si apenas para tomar conta do reino, o sentimento é mais complexo; as bruxas não são todas feias e nem odeiam o príncipe, bem pelo contrário, tudo o que elas queriam era que ele fosse o príncipe delas; o príncipe não derrota os magos do mal e as bruxas usando armas materiais; nem sempre a princesa está correndo grandes riscos e nem passa o tempo todo trancada em um castelo; lutar contra magos e bruxas não é a parte mais difícil da vida do príncipe e da princesa, atualmente há mais coisas com o que se preocupar (será que vamos ter dinheiro pra casar?); as fadas madrinhas não tem poderes especiais, nem asas (na maioria dos casos); os dragões geralmente são dragões apenas no sentido figurado, então não apresentam perigo; o princípe e a princesa brigam de vez em quando; enfim, muita coisa mudou entre os contos de fadas que eu ouvia quando criança e o que eu vivo hoje, mas uma coisa essencial nos contos permaneceu seguindo a tradição de séculos: o amor sempre vence e só por meio dele se alcança felicidade.

Não vale a pena...

Verdades sobre as quais todos nós deveríamos refletir antes de sair da cama de manhã.


Chamar alguém de feio não te deixa mais bonito; 
ficar sem comer não te deixa um palito;
excluir uma pessoa não te torna mais popular;
não são as marcas que vão te rotular;
chamar alguém de gordo não te emagrece;
dizer que uma pessoa é triste não traz felicidade;
falar que alguém é fraco não te fortalece;
dizer que uma pessoa é metida não te traz a humildade;
falar que alguém é insignificante não te engrandece;
dizer que uma pessoa é falsa não te leva à verdade;
dinheiro não compra felicidade;
conhecer muita gente não é o mesmo que ter amigos;
ser famoso é diferente de ser querido;
pra ser atraente não é preciso ser vulgar;
pobreza não é o mesmo que humildade;
atração é diferente de amar;
não fazer mal não significa praticar a bondade.